PENTECOSTALISMO NO BRASIL
O pentecostalismo foi introduzido no Brasil no início de nosso século e, desde entao, apresentou um crescimento contínuo tanto numérica como geograficamente. A partir da década de 60, época que ocorre e desenvolvimento da industrializacao e intenso exodo rural que acrretam importantes modificacoes na vida brasileira, percebe-se uma aceleracao no crescimento do pentecostalismo e o aparecimento de numerosas denomnacoes. Nessa década ocorre, também, a eclosao do chamado «movimento de renovacao espritual» ou carismático, dentro das igrejas do Protestantismo de Missao que mesclava doutrinas e práticas do pentecostalismo aos conteúdos doutrinários tradicionais. (2) Esse movimento nao foi aceito pacificamente e numerosos expurgos ocorreram dentro das diferentes igrejas. Com isto novas denominacoies nasceram e foram adqurindo características própias (Bittencourt Filho, 1993). Esse fenomeno também ocorreu dentro da igreja católica. (3) Além do pentecostalismo e dos movimentos carismáticos, tem-se ainda um terceiro, que vem apresentando intenso crescimento e está sendo denominado de neopentecostalismo, pentecostalismo autonomo ou agencias de cura divina. (4) Esse movimento se caracteriza, em especial, pela «comercializacao» de bens simbólicos. O crescimento desses movimentos foi dimensionado pelo Censo Institucional Evangélico, este realizou importe pesquisa na regiao metropolitana do Rio de Janeiro e apesar de ser circunscrito a aquela regiao, é indicativo da situacao no país. O senso constatou que, a partir de 1989 a cada día surgía uma nova Igreja na regiao pesquisada. (5) Esse fenomeno ven chamando atencao de pesquisadores de várias áreas da ciencia, tais como: história, sociologia, antropologia e ciencias da religiao. O crescimento do pentecostalismo, do movimento carismático e, em especial, do pentecostalismo autonomo, tem recebido explicacoes diversas, tem sido objeto de atencao de grupos de políticos e é olhado com «reserva» pelas igrejas tidas como tradicionais. A problemática da pesquisa O campo religíoso brasileiro sempre foi extremadamente rico, diversificado e pouco estudado. (6) Poucos autores dedicaram atencao ao estudo da religiosidade brasileira; generalizacoes empre foram feitas e aceitas practicamente sem reservas. O Brasil é, tradicionalmente, descrito como um país católico e os estudos realizados sobre a religiosidade afro-brasileira e indígena eram vistos como temática de menor importancia, como prática de pequenos grupos, coisa de ignorantes, e até mesmo eran encarado como «caso para policia». (7) A «religiosidade popular» foi uma espécie de temática «exótica» que encantava os pesquisadores europeus. (8). somente a partir da década de 60, que coincide como a avanco dos estudios históricos e sociológicos é que tem-se uma maior atencao e um maior número de obras sobre o assunto. Dentro desse quadro verifica-se que os estudos sobre protestantismo no Brasil nao forma uma excecao á regra, temos poucas obras específicas realizadas a partir de pesquisas decampo e como critério academico. A partir dos anos 80, quando a temática «pentecostalismo» passou a ser assunto frequente na imprensa, tem-se uma aumento da «cuiosidade» científica para com o campo religioso brasileiro, em especial para com o chamado pentecostalismo autonomo. entretanto quando vamos analisar muitas das publicacoes que estao surgindo, nos deparamos com um problema extremamente sério, que sao os critérios de diferenciacao utilizados. Para alguns, o «pentecostalismo» seria uma espécie de «membros desviantes» das igrejas da Reforma; para outros (em geral protestantes) eles nem deveriam ser considerados protestantes (ainda que as molduras eclesiásticas e teológicas dos pentecostais sejam protestantes). O aparecimento de diferentes denominacoes em curto espaco de tempo, e o crescimento de muitas delas ainda vem complicar mais o quadro. Debido a isso, para a compreensao do fenomeno é necessário que se tenha critérios seguros que permitam que se esteleca diferenciacao entre protestantismo «tradicional», pentecostais clássicos, carismáticas, e grupos pertenecentes ao pentecostalismo autonomo. (9) Problemas como ausencia de pesquisa de campo, falta de uma metodologia criteriosa, carencia de embasamento teórico, comprometan muitas das conclusoes apresentadas, que acabam por repetir determinadas afirmacoies que permeiam a pouca bibliografía disponíbel. Faltam, inclusive, pesquisas quanto a reflexao teológica dsses movimentos. Um outro problema a ser apontado é o das generalizacoes, é frequente encontrarse trabalhos nos quais o autor estuda apenas um movimento, num determinado local, e depois generaliza suas conclusoes para todo o «universo pentecostal», contribuindo para aumentar a confusao já existente nesse campo. Ultimamente estao sendo realizados estudios e artigos muito bons, tanto
nas universidades (exemplo Universidade de Sao Paulo, Instituto Ecumenico
de Pós-Graduacao) como algumas instituicoes de pesquisa (ex. Koinonia,
ISER). Esses estudos precisariam ser incrementados e serem objeto
de uma divulgacao mais ampla.
Quadro Nº 1 PRODUCAO BIBLIOGRAFICA SOBRE O PROTESTANTISMO NO BRASIL Período Características antes dos - producao apologética e triunfalista
dos anos - primeiros trabalhos de cunho sociológico, mais
anos 60 - producao, nas universidades, sobre sociología da
fins dos - O protestantismo ganha espaco como objeto de estudo
fins dos - Crescimento do pentecostalismo, em especial do neo-
De forma geral, quanto ao pentecostalismo autonomo, o grande público nao consegue diferenciá-los do restante do protestantismo (afinal nao sao católicos, nem espíritas nem afros); as Igrejas protestantes tradicionais nao querem ser confundidas como esses movimentos, mas também nao os distingue do pentecostalismo clássico e este, por sua vez, parece nao está preocupado em dar satisfacoes à ninguém. MOVIMIENTO PENTECOSTAL NO BRASIL: RETROSPECTO HISTORICO A introducao do protestantismo no Brasil, e posteriormente o aparecimento do pentecostalismo encontram-se inseridos numa conjuntura histórica mais ampla. Num rápido retrospecto histórico vemos que o Brasil foi marcado pela colonizacao portuguesa, que trouxe para seu território uma cultura ibérica marcada pelo catolicismo tridentino. A religiao católica foi a única permitida no país até inícios do século XIX, quando a liberdade religiosa foi permitida devido a interesses políticos. (10). No século XIX ocorreu a chamada «Expansao Protestante» (1814- 1914) que é vista como fruto do expansionismo do campitalismo europeu, que acompanhou a segunda expansao colonialista (partilha da Africa, independencia da América Latina que sai da órbita ibérica e entra na da Inglaterra). A partir da segunda metade do século XIX, chegaram os primeiros missionários protestantes ao Brasil. Esses faziam parte da chamada «Missao civilizatória» que visava implantar de um novo modelo socio-político-economico-religioso (destino manifesto). Importantes modificacoes ocorreram no início do século
XX. Ao se analisar o campo religioso brasileiro, e mesmo latinoamericano,
veremos que as modificacoes ocorridas oincidem como as alteracoes do quadro
histórico decorrente da 1ra. Guerra Mundial (dificultades de comunicaco
afrouxam os lacos com a Europa, aprecem outras prioridades, etc).
No Brasil temos o surgimento dos primeiros movimentos pentecostais, em
1910 com a Congregacao Crista no Brasil e em 1911 com a Assembléia
de Deus.
Num primerioro momento o pentecostalismo aparece como uma variante do protestantismo, porém mais próxima das manifestacoes populares, algo como um Protestantismo nacional. As duas principais igrejas que compoem o pentecostalismo clássico sao a Congregacao Crista no Brasil e a Assembléia de Deus. E interessante destacar que esses dois movimentos tiveram origem de um núcleo comum: Chicago. (11). Assembléia de Deus. Foi fundada, em 1911, pelos suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Berg, foi frequentava a igreja Batista de Chicago W.H. de Durham, veio para o Brasil como missionário em uma igreja Batista em Belém do Pará que, após a cisao deu origem às Assembléia de Deus. Comecou no norte, nordeste e depois é que foi para o sul. A pesar de se grande crescimento nos centros urbanos também tem se alstrado pelas zonas rurais. A maioria de seus adeptos provem das camadas populares. A teologia é conversionista e possui atividades prosilitistas. Possui sua própria casa publicadora, edita livros, revista e o jornal «Mensageiro da Paz». Possui institutos bíblicos destinado ao preparo da lideranca. Nos últimos tempos tem se preocupado com sua representacao política num primerio momento apoiava candidatos depois passou a indicar pessoas dentro de mebros. O grande número de fiéis tem permitido a eleicao de grande número de vereadores e deputados, possui ainda uma senadora. (12) Congregacao Crista No Brasil. Pode ser considerada uma igreja brasileira. Foi fundada, em 1910 por um estrangeiro, Luigi Francescon, que nao era missionário e nem era sustentado por uma instituicao do exterior. Fransciscon, italiano emigrado para os Estados Unidos, pertencia á Igreja Presbiteriana italiana de Chicago e teve contatos como a igreja batista de Durham. Por revelacao viajou para o Brasil, indo primeiro para o Paraná, cidade de Santo Antonio da Platina, e depois para a cidade de Sao Paulo que funcionou como foco irradiador do movimento. Sua expansao é a partir do Brasil para o exterior, no inicio o chamava-se Congregacao Crista do Brasil, o nome sofreu alteracao quando de sua expansao internacional. Crena predestinacao. Nao tem cultos ao ar livre, nao imprime folhetos, nao tem programas de radio ou televisao e nao faz campanhas evangelisticas que aliás sao prohibidas Nao fax apelos à conversao. Seus membros crem que só os verdadiramente chamados permanecem (nesse ponto sao presbiterianos ortodoxos). Existe uniformidade doutrinária que é mantida através de assembléais anuais, onde é reunidos o corpo sacerdotal (anciaes, cooperadores e diáconos) por tres días. A princípio estas eram realizadas apenas na cidade de Sao Paulo, porém o número de pessoas fez como que tivessem que ser regionalizadas. Atualmente acontecem em cinco locais diferente do país (norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul). Mantémuma cultural oral, nao tem publicacòes (só o relatório anual), nao recomenda a leitura de literatura específica, sómente e a Biblia. Nao existe cobranca de dízimo e nenhum cargo é remunerado. O resultado das colets realizadas mensalmente é dirigido para construcao de tempos, obras de caridades e viagens missionárias. Entretanto nao é a direcao da igreja que decide o percentual de valores a ser empregado em cada um dos íntens, mas o próprio fiél que, queando dá sua oferta, indica onde quer que seja empregado. A Congegacao nao paticipa de atividades políticas e nao indica cadidatos. A administracao material é centralizada, em grandes polos regionais e praticamente inexiste autonomía das congregacoes locais. Nao se sabe o número de membros poios nao há estatística a respeito. Se crscimento pode ser dimensionado através do número de construcao de templos, que na cidade de Sao Paulo tem correspondido a uma média de 1.3 por mes. Desde a data de sua fundacao nao apresentou discidencia. PENTECOSTALISMO AUTONOMO A proliferacao desse movimento no Brasil é tao grande que se torna difícil a elaboracao de um levantamento dada a diversidade e efemeridade de muitas das denominacoes surgidas. Aquí tem-se uma questao teórica: seriam realmente pentecostais todas las denominacoes alternativas geralmente chamadas «pentecostais»? Verifica-se que, na realidade, sao designadas pentecostais por exclusao às Igrejas históricas e pela prática da cura divina. De acordo com Mendonca (1990, p. 46), esses grupos deveriam ser chamados de «agencias de cura divina» uma vez que nao apresentam características de igreja. (13) Nao possuem corpo de fiéis fixo, mas uma populacao flutuante à qual prestam servico religioso mediante contribuicao do beneficiado (Mendonca, 1990). Esse movimento é extremamente heterogeneo, tem-se desde pequenos grupos básicamente familiares, como tem-se, por exemplo na regiao Liberdade em Sao Paulo, (14) até conglomerados gigantestos como o da Igreja Pentecostal «Deus é Amor» de David Miranda (15) ou como a Igreja Universal do REino de Deus, fez con que se centrassem nela os olhos da sociedade em geral e do mundo evangélico em particular, a ponto d eofuscar o restante. O sucesso «religioso» e financeiro, o fato dela se utilizar de numerosas rádios e possuir seu próprio canal de televisao magnetiza os olhares e provoca arrepios em campos diversos, desde o das igrejas até o formado pelo mundo das comunicaoes. Nao importnado o tamanho, todas tem em comum uma estrutura empresarial onde bens simbólicos sao comercializados. Nestas, a cura, o milagre é o fim. O fenomeno da proliferacao de diferentes seitas desafiam todos aqueles que se preocupam como a compreensao do campo religioso brasileiro. Questoes que sao colocadas pelas ciencias sociais permanecem ainda semp resposta. Quem sao e por que as pessoas procuram esses movimentos. A evasao de fiéis tem sido preocupacao constante das igrejas tradicionais, que buscam responstas èa esse fenómeno. A ponto da igreja católica ter encomendado uma pesquisa que lhe fornecessse informacoes e dados sólidos para que pudesse tracar seus novos rumos (1&) Essasituacao é colocada claramente pelo autor da pesquisa: El rápido avance de grupos y movimentos religiosos desconocidos hasta hace pocos años se ha convertido en un desafío para la Iglesia Católica (...). En América Latina (... desde varios años se calcula fundadamente que esta «sangría» continúa en un ritmo de al menos diez mil personas por día (...) los obispos, párrocos y demás orientadores (...) se sienten perplejos, desconcertados, y tocan a todas las puertas en busca de orientación...» (17). Atribui-se o sucesso desses movimento à uma série de fatores, tais como: à sua flexibilidade, sua capacidade de ajustamento às diferentes situacoes do cotidiano, às estruturas organizacionais simples que permitem a participacao do fiél, á capacidade de oferecer entido de reorganizacao de vida, etc. A situacao de crise vivida pela Brasil, em especial nas última décadas, o empobrecimento dos estratos médios da populacao, o aumento da massa de miseráveis, a crise no sistema de saúde, também sao apontados como causasprováveis que estariam contribuindo para o crescimento desses movimentos que serviria como uma espécie de íma para a massa desesperada em busca de um mínimo de condicoes que lhe permitisse a sobrevivencia, tal como saúde e emprego. Se fax urgente e necessário a elaboracao critérios metodológicos que nos permitam, levantar, identificar, classificar, os diferentes movimentos, agrupa-los para depois analisálos. Sao várias hipótesis e inúmeras a indagacoes, entretanto o fato é busca pela populacao tem evidenciado que o mercado para esse tipo de oferta de «bens simbólicos» é crescente, e que a lógica desse mecanismo ainda se constituie num desafio. Diferentes teses estao sendo escritas sobre esse fenomeno de inegável cunho religioso, mas cujos mecanismo de tracao e crescimento continaum desconhecidos. BIBLIOGRAFIA BITTENCOURT FILHO, J. - Remédio Armago. In Tempo e Presenca. S. Paulo, CEDI, Nº 259, ANO 13. BOURDIEU, Pierre - A economia das trocas simbólicas. Org. Sergio Miceli, S. Paulo, Ed. Perspectiva, 1982. GALINDO, Florencio - El Protestantismo Fundamentalista: una experiencia ambigua para América Latina. Espanha, Editorial Verbo Divino, 1992. LALIVE D»EPINAY, C. - O Refúgio das Massas. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1970. MENDONCA, A.G. - Um panorama do protestantsimo brasileiro atual. In Sinais dos Tempos: tradicoes religosas no Brasi. Rio de Janeiro, ISER, 1989. p. 74. MENDONCA, Antonio g. & Prócorro Velasques Filho - Introducao ao Protestantismo no Brasil. S. Paulo, Loyola, 1990. MENDONCA, Antonio. Sindicato de mágicos: pentecostalismo e cura divina (desafío para as igrejas). In Estudos de Religiao. s. Paulo, ano VI, Nº 8, 1992. RUUTH, Anders - Iglesia pentecostal. Iglesia desafiante y desafiada. exemplar mimeografado. Chile, set. 1992. VELASQUEZ FILHO, Prócoro - «A falencia do Crsitianismo tradicional e a tentativa de recuperacao proposta pelas religioes do espírito» in Fé crista: Libertacao do cativeiro do passado e a espernca. Ciencias da Religiao Nº 5, 1986, p. 50. WILLEMS, E. - Followers of a New Faith. Nashville, Vanderbeilt University Press, 1967. (1) Professora do curso de Pós-graduacao em Ciencias da REligiao do Instituto Metodista de Ensino Superior. (2) O movimento carismático é forte e vem crescendo nas igrejas, nao tem sido devidamente estudado. (3) Os grupos carismáticos católicos tambén vem apresentando rápido crescimento. Esse movimento, que de certa forma se opoem ás CEBs, tem sido tolerado pela instituicao, cuja postura ainda nao é clara e nem homgenia. (4) O termo «neopentecostalismo» é utilizado por
Bittencourt Filho e «agencias de cura divina».
EN BUSCA DE UN AVIVAMIENTO Por Rev. Nicolás Herrera Ríos Definición: Un avivamiento es el acto de reavivar, lo que significa que algo está muerto o a punto de morir y se le infunde vida de nuevo. En la Iglesia se entiende por un avivamiento aquel período de tiempo en el que la Iglesia, después de perder su dinamismo inicial, empieza a experimentar la misma forma de vida que tuvo en sus inicios. 1. Cuándo es necesario un avivamiento Como ya se dijo en la definición, un avivamiento es necesario cuando la iglesia ha empezado a perder su dinamismo inicial, y que esto afecta su misión. Además de la pérdida del dinamismo, la Iglesia pierde la visión de su razón de ser y puede caer en varias trampas; por ejemplo: Vivir para si misma. Tomar otra misión diferente a la que la originó; vivir para otro Señor, etc. Cuando la Iglesia empieza a vivir estos síntomas, es tiempo de un avivamiento. De otro modo, se llegará a situaciones netamente desagradables que se expresarán en una rotunda mundanalización, y por lo tanto, la total ausencia del Espíritu Santo. 2. Quién puede buscar un avivamiento Como regla general, las Iglesias llegan a un estado de satisfacción que no les permite sentir que están mal. A todas les parece bien como están y se sienten confiadas y a gusto. Lasfallas y deficiencias las llegan a ver con naturalidad y con suficientes justificantes que pueden atribuir a «los tiempos malos», y sólo se resignan a esperar mejores tiempos. Cuando se llega a este estado de cosas, no falta quien empiece a sentirse incómodo y preocupado, al grado de desconfiar de las razones que se esgrimen para justificar la situación imperante. Pronto descubre que la verdadera razón de todo es la falta de un verdadero interés en cambiar las cosas por parte de los líderes y pastores, porque eso rompería con la tranquilidad existente. Es en este momento cuando se empieza a producir una cierta crisis en quien anhela un avivamiento: O promueve un cambio y lleva a los demás a sentirse un tanto amenazados, o mejor opta por hacerse como los demás y olvidarse de un cambio. Los mas probable es que ocurra esto último, porque es lo más fácil, a menos que sea de los muy contados que su férrea voluntad lo lleve a seguir adelante; pero generalmente es en esta etapa donde el agente de cambio desiste, especialmente por la indiferencia que encuentra entre los demás, lo difícil que ve poder producir un cambio, e incluso, las fuertes críticas que se pueden desatar contra él. 3. Qué reacciones puede provocar un avivamiento. Pero no siempre el agente con conciencia de cambio declina en su propósito. Raras veces, por eso, precisamente, los avivamientos son raros, la persona inconforme empieza a trabajar con interés por una renovación. Muchas veces inicia su trabajo sin que se le preste cuidado, pues los más viejos han visto a muchos hacer lo mismo antes, y desfallecer; por lo que esperan que todo regrese a la normalidad. Ante esta situación, de pronto el agente de cambio encuentra a alguien más que simpatiza con sus ideas, y hace causa común con él en su aventura de fe. Este empieza a sentir que no está sólo y continúa. Aquí su actitud se hace más notable y empiezan a producirse las inquietudes entre los demás. El agente de cambio, como ya se dijo, siempre es un inconforme del status quo. Se da cuenta de todo aquello que limita un avivamiento. Generalmente, éste no desea un enfrentamiento con la organización, y mucho menos un rompimiento con ella; pero su conciencia de cambio y la resistencia a modificar las cosas que estorban a éste, hacen que se empiece a dar una pugna. El quiere cambiar y los otros no. El desea hacer las cosas de otro modo para tener mejores resultados; pero los otros ven con desconfianza esos cambios. Es cuestión de leer un poco de historia para darnos cuenta de lo común que es este tipo de problemas cuando se busca un cambio renovador. 4. Qué riesgos entraña un avivamiento. El «estira y afloja» que se da entre el agente de cambio y la institución pronto empieza a tomar fuerza. Si se le puede silenciar, se le silenciará. Si se le tiene que expulsar, se podrá llegar hasta allá. Todo porque casi siempre la instituciónse resiste tenazmente a la transformación. Si el agente de cambio es una persona intrascendente, no significará
mayor problema para la institución el acabar con él; pero
si ésta es una persona caracterizada, le producirá más
problemas y el enfrentamiento será más espectacular y dañino
para la obra de Dios.
a. Puede finalmente someterse el agente de cambio por amor a la unidad de la institución, y resignarse a pasar el resto de su vida con una frustración. b. El camino más corto es el de la división, pero no es el más seguro, pues muchos se han dividido y no han prosperado porque no han sabido enfrentar a quienes aprovechando la revuelta se han unido a ella, pero por otros fines. c. También ocurre que los agentes de cambio sufran tal desprestigio y desilusión que mejor opten por terminar con su carrera cristiana. y así se cierra un capítulo más de los avivamientos frustrados. 5. Cuánto debe duran un avivamiento. Un avivamiento tiene que duran mientras se reactiva permanentemente la función completa de la Iglesia. Cuando la Iglesia tenga una visión correcta de su misión. Cuando sus características principales concuerden plenamente con el modelo bíblico de Iglesia. Cuando Verdaderamente esté funcionando como sal y luz del mundo. Cuando las señales del Reino de Dios sean visibles y cotidianas. Cuando sea una Iglesia santa, apartada de todo mal, entonces ya no se necesita un avivamiento. Cualquiera, entonces, podrá decir: «Se necesita un avivamiento permanente, pues siempre se hace necesario estar impulsando cualquiera de los aspectos antes mencionados. Tenemos que comprender que la Iglesia, por ser un cuerpo, necesita estar en constante renovación, como el cuerpo humano. Por ejemplo, sus células siempre están renovándose, y cuando pierde la capacidad de renovarse, se envejece. Y un cuerpo envejecido, tiende a perder la capacidad para desempeñar sus funciones normales hasta que llega a la incapacidad total presagiando la muerte. Si una Iglesia no tiene la capacidad de renovarse, habrá de envejecer, y a menos que haya una profunda preocupación por eso, el proceso de envejecimiento irá avanzando hasta que llegue a la inamovilidad total. 6. Cómo puede morir un avivamiento sin dar fruto. Como ya se ha dicho, un avivamiento lo tiene que iniciar un radical que no esté de acuerdo con el status quo. Que sienta en su corazón una verdadera llama de fuego del Espíritu que loimpulse a buscar a Dios para ver cosas mejores. Esto es así porque nadie puede promover un verdadero avivamiento por laguna razón extraña. Las razones, pues, por las que puede morir una avivamiento, son varias: a. A través de la historia de la Iglesia hubo quienes han tratado de promover una avivamiento para usarlo con fines propagandísticos y demagógicos, pero esto no ha funcionado. Dios no respalda iniciativas de ese tipo, y en esos casos ha sido más el daño que le han hecho a la Iglesia que los beneficios. b. También se ha dado el caso de personas que con toda humildad y buenos deseos han trabajado por una renovación de la Iglesia, pero entre sus filas se han infiltrado personas con motivaciones de otro tipo, y a éstas no se les ha identificado a tiempo, sino hasta que han llevado a cabo sus verdaderos propósitos, que siempre, obviamente, han estado en contra de los intereses de la obra de Dios. Estos han provocado que los avivamientos se frustren. c. Por otra parte, hay el riesgo de muerte de un avivamiento cuando se generan los radicalismos de que hablamos antes. Por eso un avivamiento se debe conducir con todo cuidado y temor de Dios, buscando no sólo que haya señales y prodigios, sino que a la par de todo eso, haya amor de Dios, como se expresa en 2 de Corintios 13. d. Un avivamiento puede morir por cansancio, ya que es muy pesado tener que trabajar para avivarse personalmente, pero también porque lo hagan otros; en estos casos es más por desaliento. e. Una razón más, es porque el pecado mine las vidas de los promotores del avivamiento y los haga poner en evidencia y descrédito todo el proyecto y les dé armas a los enemigos del mismo para atacarlo directamente, esto también es muy común. Por estas y otras razones, un avivamiento puede morir. 7. Cómo promover un avivamiento minimizando los riesgos. Promover un avivamiento entraña muchos riesgos. La razón principal es porque el enemigo de Dios siempre se ha opuesto a los planes del Señor. Desde el propio cielo ocurrió esto. Pero es un debe moral y espiritual trabajar porque los planes de Dios no se detenga. Por ese temor no podemos dejar de decir que se necesita la fuerza de Dios en su máxima expresión para realizar la obra que él nos ha encomendado, tenemos que decir que es necesario un avivamiento. No obstante lo anterior, tenemos que buscar las formas más adecuadas para que el avivamiento se dé con los menos errores posibles. Ya que no sólo es nuestra responsabilidad promover un avivamiento, también lo es buscarlo sin provocar problemas mayores. La mejor forma de tener una avivamiento sin mayores problemas es: a. Evitando partir de un radicalismo ciego que de alguna manera propicie el enfrentamiento. b. Buscar convencer a los principales líderes de nuestra Iglesia acerca de nuestra responsabilidad moral y espiritual de promover un avivamiento, utilizando para convencer razones válidas tanto bíblicas como teológicas y prácticas. c. Una vez convencidos los líderes principales de la Iglesia, es necesario que se tomen medidas sabias que faciliten el camino a aquellos que no entienden esta necesidad y que pudieran oponerse al proyecto. d. Se debe tomar todo el tiempo que sea posible y actuar sin precipitaciones, pero con firmeza cuando se tenga que argumentar sobre este particular. e. La negativa a unirse a nosotros de alguna persona que no comparte nuestro criterio sobre esto, no debe ser motivo para apartarnos de ella y menos denigrarla o difamarla, siempre debemos estar regidos por la caridad. f. La última forma que queremos mencionar, es la de ser ejemplo en todo. Si así lo hacemos, nuestras acciones serán las mejores promotoras de un verdadero avivamiento; pero nunca romper con nuestros hermanos porque el Espíritu Santo une, no divide, y los avivamientos deben cuidarse como si fueran niños chiquitos hasta que tomen fuerza propia. Además se debe reconocer que al principio de un avivamiento se generan errores, éstos se deben reconocer y corregir sin magnificarlos para no estropear el proyecto de avivamiento; pues nunca tendremos un avivamiento sin errores y sin problemas. |
|
|
Para cualquier commentario o sugerencia acerca de esta página contáctese con Bernardo Campos. | Esta página se ve mejor con: |
![]() |
![]() |